BRUNO JOSÉ RODRIGUES FERREIRA

GLAUCIENE GALVÃO DA SILVA;

HELIO FERNANDES CANEDO NETO;

LUIZA EDUARDA DAMASO DUARTE

 

Na gestão de uma empresa é essencial que o administrador tenha acesso a tudo que acontece. Para tanto, tal profissional necessitará acompanhar todas as operações realizadas pela organização. Sabe-se, porém que apesar de ser muito importante este acompanhamento, muitos administradores, não o fazem. Para Chiavenato (2003) acompanhar de perto as operações organizacionais é uma das partes mais valiosas da administração. O mesmo autor intitula tal acompanhamento de controle.

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Controle é a ação administrativa que fiscaliza as atividades de uma organização a fim de colher dados que mostrem seu andamento, erros e possíveis evoluções. Tendo esses dados o gestor poderá compará-los com o planejado e caso não esteja de acordo, poderá aplicar as devidas correções (XIMENES, 1954; MARTINS, 2003). Sobre isso, Sobral e Peci (2008 p. 231) complementam que o controle “é um esforço sistemático de geração de informações sobre a execução das atividades organizacionais, de forma a torná-las consistentes com as expectativas estabelecidas nos planos e objetivos”.

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Por isso, o controle é muito importante nas organizações, sejam de grande ou pequeno porte, pois auxilia os gestores no acompanhamento das operações, nos resultados financeiros e econômicos, nas mudanças macro ambientais que afetam o negócio e na tomada de decisão. Em meio ao mercado de crise, mas não somente, é essencial que qualquer empresa detenha controle de suas atividades para se manter mais competitiva e conseguir adaptar-se às mudanças necessárias (SOBRAL; PECI, 2008).

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Existem vários tipos de controles. Para Jucius e Schlender (1967) os mais importantes são: o fluxo de caixa que controla a entrada e saída de dinheiro, o de estoque que apura a movimentação de mercadorias (materiais) e o de vendas que mensura o faturamento da empresa. Vale ressaltar que todos eles podem ser executados pela empresa via planilha de Excel e ou através de sistemas específicos. Segundo os mesmos autores, tais controles se bem alimentados continuamente, auxiliarão na gestão da empresa.

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Muitos gestores não veem vantagem em ficar alimentando tais controles. Acreditam ser perda de tempo, porém, se o administrador tiver tais controles, muito provavelmente, conseguirá elaborar previsões, planejamentos e prevenções para o futuro da organização. Além disso, terá a possibilidade de, a qualquer momento, utilizar dados do passado a fim de auxiliá-lo nas projeções supramencionadas (JUCIUS; SCHLENDER, 1967).

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Com o avanço tecnológico percebe-se que ficou mais fácil controlar uma empresa, pois existem sistemas que podem auxiliar o gestor como, por exemplo, os “ERP” (EXAME, 2015).

 

ERP (Enterprise Resource Planning ou Planejamento dos Recursos da Empresa) é um sistema de gestão empresarial. Ou seja, é um sistema de gestão integrada, responsável por cuidar de todas as atividades diárias de uma empresa, do administrativo ao operacional. Desde o faturamento até o balanço contábil, de compras a fluxo de caixa, de apuração de impostos a administração de pessoal, de inventário de estoque a contas a receber, do ponto dos funcionários ao controle do maquinário da fábrica (EXAME, 2015).

 

Para as empresas de pequeno porte, pode parecer um método de controle avançado e de difícil utilização. Isto se deve, em virtude da falta de conhecimento prático ou teórico sobre o assunto. Na verdade, o sistema ERP é mais prático e simples de ser implementado em micros e pequenas empresas, comparado às instituições de grande porte. Isso, em virtude da complexidade nos processos administrativos (EXAME, 2017).

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Assim, num mercado cada vez mais concorrido as empresas enfrentam grandes desafios ao buscar manter o controle de suas operações e informações, que podem auxiliá-las na sua tomada de decisão, na criação de estratégias diferenciando-se de seus concorrentes com redução de custos e maior rentabilidade. Assim, os softwares ERP têm como objetivo mensurar cada detalhe da empresa de forma automatizada com agilidade, eficiência e em tempo real (EXAME, 2017).

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Tal pesquisa procurou questionar três empresários quanto à utilização do controle empresarial em suas empresas, buscando expor as reais dificuldades que os impedem de utilizar tal ferramenta. Normalmente se era falado sobre tempo, preço de programas ou falta do conhecimento teórico e prático sobre o assunto. Cada empresa expôs em sua opinião o que pensam desta ferramenta, dos programas e suas experiências em relação ao benefício do mesmo.

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Entrevista 1 – Conheço sim o controle empresarial, ele é extremamente importante na gestão de minha empresa, os meus controles são feitos manualmente, pois não tenho muito conhecimento de softwares bons, sei que existem, e são muito eficazes, mas ou são muito caros ou não se encaixam em minha necessidade. Minha vida empresarial e pessoal é separada, mas tudo é feito manualmente, ou em planilhas cansativas. Confesso que preciso de maior planejamento para que possa instituir o controle correto em minha empresa.

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Entrevista 2- Conheço o controle empresarial, utilizo-o no meu dia-a-dia na empresa, faço-o por meio de planilhas elaboradas de acordo com minhas necessidades. Eles conseguem me fornecer todas as informações que necessito. Minha vida pessoal é muito bem separada da empresária, uma das maiores dificuldades que tive foi no controle de estoque, mas procurei uma administradora que me instruiu sobre. Agora é tranquilo utilizá-lo, mas, requer muita organização.

 

Entrevista 3- Conheço muito pouco sobre o controle empresarial, sei que é muito eficaz, mas não consigo ter controle de tudo, o que consigo faço manualmente. Muitas vezes misturo minha vida pessoal com a empresarial. Sei que o controle é extremamente essencial para mim, mas, as vezes passa despercebido, eu me esqueço de acompanhar tudo e muito das vezes desisto de implantar um bom controle por causa do conhecimento que não tenho sobre informática.

 

Pode-se perceber que os empresários entrevistados têm consciência da importância do controle empresarial, porém, não o utilizam como deveriam, por falta de conhecimento ou planejamento. Cabe então, aos empresários buscar conhecimento sobre tais ferramentas a fim de que as mesmas sejam adotadas corretamente dentro das empresas. Vale ressaltar ainda, que o SEBRAE é um órgão que muito auxilia os gestores nestas dúvidas.

 

Conclui-se então que utilizar métodos de controle dentro das organizações, grandes e pequenas, é de suma importância, visto que permite a geração de informações essenciais para uma melhor gestão do negócio, afinal, controlar sua empresa hoje pode salvar a sua vida empresarial amanhã.

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XIMENES, Sérgio. Minidicionário Ediouro da Língua Portuguesa. 2. ed. São Paulo: Ediouro, 1954. 254 p.

 

MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2003.

SOBRAL, Felipe; PECI, Alketa. Administração: Teoria e prática no contexto brasileiro. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008.

 

CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração: Uma visão abrangente da moderna administração das organizações. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier,2003.Disponívelem: <http://www.univas.edu.br/menu/biblioteca/servicosOferecidos/livrosDigitalizados/administracao/teoria-geral-da-administracao.pdf>. Acesso em: 06 out. 2017.

 

J.JUCIUS, Michael; SCHLENDER, Willian E. Introdução à Administração: Elementos de ação administrativa. 3. ed. Rio de Janeiro: Atlas, 1967.

 

EXAME: Como a tecnologia ajuda empresas na crise. São Paulo: Editora Abril, 18 set. 2015. Disponível em: <https://exame.abril.com.br/pme/como-a-tecnologia-ajuda-empresas-na-crise/>. Acesso em: 28 out. 2017.

 

EXAME: ERP, o que é e para que serve? São Paulo: Editora Abril, 21 mar. 2017. Disponível em: <https://exame.abril.com.br/blog/mundo-do-dinheiro/erp-o-que-e-e-para-que-serve/>. Acesso em: 28 out. 2017.