As dificuldades de empreender no cenário econômico atual
2017
2017
AFONSO SOUTO DE MATOS; ALEX JÚNIO GONÇALVES;
BRUNO GERMANO DE LIMA SANTIN; CARLOS FERNANDO VITORINO COSTA;
GISELE TEIXEIRA DE ÁVILA; HIGOR NUNES BRAGA;
JORDANA SANTOS DA CRUZ OLIVEIRA.
A burocracia e a falta de infraestrutura estão entre as maiores dificuldades apontadas por empreendedores no momento em que pretendem abrir um negócio. Outros estudos indicam que existe uma ordem de importância dos principais fatores que dificultam o empreendedorismo, sendo eles: infraestrutura, burocracia, impostos, custo de capital e capital humano (EDUCAÇÃO[1], 2017).
Observa-se que quem começa a empreender no mercado, geralmente, não possui um caixa alto. Assim, optam por recursos de terceiros os quais não são fáceis de conseguir logo na abertura do empreendimento. Tal dificuldade, diz respeito a uma série de exigências e um processo burocrático a que os empreendedores devem cumprir para conseguirem crédito para garantir um fluxo de caixa / giro aceitável para o negócio (SEBRAE[2], 2017).
Além da questão financeira, a burocracia na abertura das empresas exige uma dedicação maior do empresário, pois mesmo antes do registro na Junta Comercial e ou Cartório de Registro de Pessoa Jurídica, deve-se elaborar o contrato social e apresentar os documentos pessoas dos possíveis sócios. Conseguir a inscrição (CNPJ) para a maioria dos empresários é a parte mais burocrática, uma vez que nesse momento os sócios deverão apresentar vários documentos reunidos como: certidões, comprovantes, alvarás, formulários, laudos, além dos encargos estipulados em lei (SEBRAE[1], 2017).
Além das dificuldades supramencionadas, existe no Brasil, uma elevada carga tributária gerando ao empreendedor a necessidade de elaborar um planejamento tributário. Entretanto, frente ao pequeno empresário foi proporcionado o uso do Simples Nacional (Lei Complementar 123/06). Essa opção engloba empresas com faturamento bruto de até R$ 3,6 milhões (com perspectiva de chegar até R$ 4,8 milhões em 2018). Outro facilitador foi a unicidade dos impostos, ou seja, ao invés de pagar separadamente impostos municipais, estaduais e federais, tal regime possibilita o pagamento unificado dos mesmos, porém não é em todos os casos o mais compensativo (SIMPLES NACIONAL[3], 2017).
Outro problema enfrentado pelos empreendedores diz respeito à falta de capacitação profissional. Muitas vezes as empresas necessitam gastar altos valores treinando pessoas que se apresentam no mercado sem o devido conhecimento para o desenvolvimento de suas atividades. Segundo SEBRAE[4] (2017) o próprio empreendedor possui deficiências em relação a conceitos de gestão e administração que acabam comprometendo a lucratividade e o andamento do negócio.
Diante disso, é possível concluir que empreender no Brasil, principalmente no cenário atual, não é uma atividade fácil, visto a carga tributária alta para pouca rentabilidade, principalmente em empresas individuais e de pequeno porte; falta de incentivos por parte do governo em relação à quantidade de produção nas empresas e burocracia excessiva.
Como solução para os problemas citados, sugere-se a desburocratização do sistema de leis tributárias, além de uma possível revisão sobre o percentual cobrado sobre os tributos em diferentes modalidades, o que possibilitaria o crescimento proporcionalmente maior das empresas. Além disso, é preciso que o governo facilite o processo de abertura de empresas evitando que os empresários encerrem suas atividades e ou nem as comecem, visto o ciclo problemático vivenciados pelos mesmos, o que gera recuo econômico e consequente estagnação no mercado.
[1] http://www.revistaeducacao.com.br/o-desafio-de-formar-os-futuros-empresarios. Acesso em: 09 de nov. 2017.
[2] http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae. Acesso em: 19 de out. 2017
[3] http://www8.receita.fazenda.gov.br/SimplesNacional/Documentos/Pagina.aspx?id=3).
Acesso em 19 de out.2017.
[4] http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae). Acesso em: 19 de out. 2017.
